Pátria
Pátria é uma obra vingadora relativamente à pátria portuguesa moribunda mas que ao mesmo tempo anuncia o ressurgimento, num esforço de desenhar uma epopeia possível, num tom que cruza a crueza da farsa com a oratória eloquente e onde a dimensão simbólica impera ao serviço de uma atmosfera dantesca povoada de fantasmas.
O poema abre num tom de comédia que denuncia o comportamento farisaico dos cortesãos que rodeiam o Rei, aconselhando-o mal, e dos seus asquerosos e sabujos cães, assim como do cronista- mor, Astrolugus, no qual é possível reconhecer o vulto de Oliveira Martins. Mas o clima dramático insinua-se e cresce até ganhar foros de tragédia apocalítica com a figura de alucinação fantasmática do Doido, símbolo dum povo oprimido e espoliado que vai ganhando centralidade e assumindo-se com um coro trágico.
Editor: Livraria Chardron
Edição: 1909
Autor: Guerra Junqueiro
ISBN: N/A
Encadernação | Capa dura |
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N.º de páginas | 232 |
Dimensões | 18 x 12 x 2 cm |
Observações | Exemplar único. Em bom estado de conservação. |